quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

Voltei

 Hoje lembrei-me novamente deste meu diário! Já lá vão mais cinco anos. O Afonso tem agora 12 anos e é um lindo menino! 



segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Hoje tropecei neste nosso blogue já antigo, mas com muito significado para nós.
Afinal, e depois de alguns anos de luta conseguimos mudar o final!

Apresento o Afonso.


O Afonso nasceu em 10 de Agosto de 2010 em Coimbra.
Hoje tem 7 anos e é o oxigénio da nossa vida! 

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Estudo Afordite

Foi hoje publicado o primeiro estudo epidemeológico sobre infertilidade realizado em Portugal.

Em baixo estão os links para as notícias publicadas hoje na imprensa portuguesa.

Público
http://www.publico.clix.pt/Sociedade/estudo-revela-que-ha-dez-por-cento-de-casais-inferteis-e-muito-desconhecimento_1411407
Expresso
http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/549496
No diário
http://diario.iol.pt/sociedade/infertilidade-inferteis-tvi24/1105773-4071.html
Sol
http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=155263
Correio da manhã
http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx?contentid=D5ECE403-756C-4D1B-B7DD-BFD57FF4107A&channelid=0
TSF
http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=1430255

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Balanço

Se o importante é manter algum nível de confiança no sucesso futuro, é importante não perder o sentido crítico em relação ao mundo que nos rodeia!

O inventário das coisas boas e más é essencial para definir uma estratégia de futuro, identificar os caminhos em que a probabilidade de sucesso é maior e, sobretudo, identificar os percursos que nos podem levar a situações de maior frustração e sofrimento.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Uma agenda para a (in)fertilidade

Nos últimos tempos assistiu-se a um conjunto de transformações que demonstram que as politicas de saúde começam a considerar a infertilidade.
A MAC tem um centro a funcionar novamente, há a intenção de diminuir as listas de espera através do encaminhamento para os centros privados.
As mais significativas desde a publicação da legislação da PMA, terão sido as alterações na comparticipação dos medicamentos (que duplicou) e a reestruturação da rede de centros de PMA públicos
Urge redefinir uma agenda a longo prazo para resolver questões que, afectando minorias dentro do universo dos casais inférteis, não deixam de ser graves.
A exclusão da maternidade de substituição, a exclusão dos tratamentos com doação de gâmetas na rede pública são temas que devem ser colocados no centro da discussão de uma vez por todas!
Além disso a própria comparticipação dos medicamentos deverá ser revista, pois os preços da medicação continuam a excluir casais dos tratamentos! A rede de serviços públicos universal e sem lista de espera deverá ser o objectivo final, assim como o alargamento das idades de tratamento.
Muito foi feito nos últimos anos, sem dúvida, mas ainda falta muito para fazer!

sábado, 2 de maio de 2009

Manua lII- Lidar com quem nos devia ajudar

O fórum da apf às vezes dá o mote para o texto. Hoje alguém se queixava da conversa da médica de família. Pode ser devastador, ouvir de quem devia estar ao nosso lado a apoiar, grandes bacoradas quem não passam da reprodução dos lugares comuns que ouvimos na rua.

Por força das circunstâncias o médico de família devia ser das pessoas que melhor nos conhece. Deveria saber a nossa história clínica completa, todos os exames que fazemos, todos os medicamentos que tomamos, etc. Dada a quantidade de doentes que tem que acompanhar, não tem a obrigação de conhecer profundamente todas as doenças, para isso tem os colegas das especialidades. Não tem obrigação de conhecer a fundo as soluções para o problema mas (e existe sempre um mas) deveria ter necessidade de conhecer o contexto em que ocorre a infertilidade. Segundo as estatísticas 1/6 ou 1/8 dos casais pode sofrer de infertilidade, ou seja 1/6 a 1/8 dos seus pacientes entre os 25 e os 40 anos terão este problema. Dos seus doentes desta faixa etária, sem filhos, terão mais problemas de infertilidade do que doenças cardíacas, diabetes etc...

O que fazer quando o médico não tem consciência disso? E quando dispara "o melhor é relaxar" quando não pensarem nisso é quando vai acontecer? acho que uma boa resposta seria, "acha que devemos sustituir o gonal pelo xanax?", ou em alternativa "também já me tinham dito isso, mas conhece algum psiquiatra especialista em infertilidade?".

Quando a coisa ultrapassa a decência e avança para as questões da adopção, podemos sempre questionar se "engravidar do 2.º filho é mais fácil?", ou sendo acertivo, e sem ironia responder: "acho a adopção um projecto de parentalidade muito interessante, mas nesta fase queria um filho biológico", ou simplesmente "também há muitos casais que se realizam e são felizes sem filhos!".

O probelma maior e que nos deixa sem palavras é a médica especialista em infertilidade, ao fim de alguns anos de tentativas, depois de analisar o processo, e com os últimos exames na mão disparar "No vosso caso o ideal era engravidarem naturalmente!"

Notícia do Público Infertilidade afecta cerca de 290 mil casais no país

Bem haja por alguém se lembrar que o dia da mãe também pode ser um dia de comemorar a esperança.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Manual V (Porque falar de infertilidade e de adopção ofende )

A expressão "Não podes ter filhos? Então porque não adoptas uma criança?", para além de ser agressiva para quem é infértil, pois reduz a infertilidade a um capricho, parece-me (cada vez mais) ofensiva para quem adopta.

Conceber e esperar pelo nascimento de um filho é uma das formas de concretizar o desejo de ser pai (ou mãe). É esse projecto por concretizar que leva dezenas de milhares de casais a procurarem centros de procriação medicamente assistida e especialistas de infertilidade. O desejo de por sua vontade conceberem um ser e acompanharem o seu desenvolvimento até que ele esteja pronto a enfrentar o mundo ao vivo e a cores.

Esse projecto conduz a outro (implícito ou não) que é o desejo de projectar no novo ser um conjunto de valores, e princípios, ou seja a concretização de um projecto de vida que consiste em transmitir a outro tudo aquilo de bom que se adquiriu ao longo da nossa existência.

O que se verifica é que em alguns casos em que o desejo de conceber (se existiu) não é acompanhado de um projecto de vida para esse ser, e noutros, o desejo de concretizar um projecto de vida não é necessariamente acompanhado do desejo de concepção de uma nova vida.

Neste contexto a adopção surge como num contexto em que o projecto de vida é iniciado por uns, e desenvolvido por outros. A falência do projecto anterior, permite que outros protagonistas realizam o seu projecto de paternidade/maternidade. Libertando-se conscientemente da necessidade da concepção, quem opta pela adopção, realiza na plenitude o seu projecto de paternidade/maternidade. A própria legislação reflecte esse princípio, determinando a igualdade entre os filhos, e permitindo a adopção tardia de filhos do cônjuge.

Tratando-se a adopção de uma forma de realizar um projecto de paternidade/maternidade, não se pode constituir como alternativa ao processo de concepção e acompanhamento do desenvolvimento inicial, a gravidez e a preparação do nascimento.

Se a adopção permite agarrar num livro em branco e escreve-lo, a concepção pressupõe (ainda que às escuras e sem tacto) a escolha do papel, a realização da encadernação, antes de iniciar a escrita! Aceitando que o conteúdo do livro é sem dúvida o mais importante, não será legítimo aspirar a construir o livro?

Manual (IV) Começar a mudar as mentalidades

Ao colocar alguns dos últimos "posts" escritos verifiquei que a origem de alguns dos comentários inconvenientes está no modelo de família que existe na cabeça de alguns. As pessoas nascem no seio de uma família, crescem, e um dia iniciam novamente o ciclo acasalando e formando o seu próprio núcleo onde vão nascer novamente seres e dessa forma vão iniciar novamente o ciclo.

Há 40 ou 50 anos atrás era assim ou a excentricidade. Onde os casais sem filhos acabavam por adoptar de uma forma mais ou menos formal crianças. A estrutura social não permitia grandes excepções a este modelo, a não ser em casos considerados limite, excêntricos.

Não passaram tantos anos assim desde que os homens e principalmente as mulheres pudessem ser (verdadeiramente) donos das suas vidas. Fugir à regra da família de origem, e escolher a sua profissão (ou ter uma profissão, casar (ou não) com quem lhes apetece, viver onde querem, escolher a sua religião ou pura e simplesmente renunciarem a uma prática religiosa, são direitos que hoje são adquiridos por todos, mas que, há poucos anos atrás davam direito a um corte de relações com a família.

Pessoas criadas com estes valores, quando confrontadas com a nova realidade não tiveram outro remédio se não entender a nova realidade em seu redor. É a capacidade de compreender a mudança que ocorre na forma de viver das novas gerações, ou melhor as formas de perceber essa mudança que estão na origem das "inconveniências" de que falamos. Neste sentido, na maior parte das vezes trata-se mais de incompreensão.

Quando as pessoas, para além das questões de trato nos dizem alguma coisa, pelos afectos que nos dedicam, pelos valores que nos transmitem, ou pela importância que teem na nossa vida; talvez valha a pena gastar algum tempo a explicar os nossos sentimentos. Quando não, ou quando a capacidade de entender o mundo para além do seu próprio umbigo é igual a zero, das duas uma ou se ignora antes (de falar) ou depois (de ouvir).

terça-feira, 24 de março de 2009

Como é que queremos que nos compreendam?



Para algumas pessoas deve ser muito difícil compreender a luta por um filho!!!

in http://www.youtube.com/watch?v=urN1uo_7Kts&feature=related

Eu também queria



Encontrei este vídeo no youtube, e pode parecer um pouco sádico, mas fica para mandar àqueles que nem sempre valorizam os filhos com bons exemplos

http://www.youtube.com/watch?v=2l4hGvSIZSA&NR=1

quinta-feira, 5 de março de 2009

Manual (II) Os colegas, o trabalho, os filhos

Em todos os trabalhos existem necessidades de trabalho até mais tarde, ou de assegurar excepções, então aí surge um argumento, "não posso, tenho as crianças", e de repente maridos e mulheres comuns, transformam-se em super-pais e super-mães (solteiros)!

Uma das hipoteses de lidar com isto é cobrar. Isto é, hoje assegurei este trabalho por causa das tuas crianças, amanhã preciso de sair mais cedo para ...Normalmente aqueles que têm mesmo necessidade e que não têm apoios são os que menos falam, e os que estão mais disponíveis para te desenrrascarem quando é necessário.

Quando se começa a cobrar, os "cravas" optam por uma estratégia que é dizer mal da vida por causa dos filhos. "não posso dormir", "é/são insuportável/is), "não para(m)", etc...

Para esta parte, eu começo por dizer: " custa-me sempre ouvir um pai dizer mal de um filho, não achas que estás a exagerar ou a falhar na educação?"; normalmente a coisa para aqui. Mas alguns insistem, insistem e quando já se esgotaram as alternativas, o remédio pode ser do tipo "Sabias que dar filhos para adopção não é crime? Já colocaram a questão?". Não conheço nenhum caso de reincidência

quarta-feira, 4 de março de 2009

Manual como lidar com inconveniências (I)

Um dos primeiros probelmas com que tem que se lidar quando o problema é infertilidade, é o comentáriosinho de quem tem pouco de interessante na sua vida e interessa-se pelo que se passa na vida dos outros, o típico "então os meninos, quando é que se decidem?" ou numa versão mais hard "quando é que deixam a boa vida e resolvem pensar em filhos?"!

É sempre mais fácil julgar que compreender, como se vê até pelos comentários. A questão será como sair airosamente da questão.

O importante é dar uma resposta que revele apenas o que pretendemos revelar, ou seja ninguém tem nada que saber da nossa vida aquilo que não queremos que se saiba. Podemos optar mesmo pelo "Acha que o assunto lhe diz respeito?" ou em alternativa mais polidinha: "Não lhe parece que se trata de um assunto de tal forma íntimo, que se deve resolver apenas entre duas pessoas?". Com o tom de voz suave e o olhar de frente olhos nos olhos tem um efeito radical.

No entanto há pessoas que não entendem, e voltam 2.ª, 3.ª, 4ªvez ao mesmo assunto. Para essas temos as medidas têm que ser mais radicais, e o " fique descansado/a que não é por problemas de impotência ou frigidez", sobretudo ser for na presença de mais alguém tem um efeito garantido.

Entre amigos, que tentam abordar a questão, há sempre o "na vida nem sempre se pode ter tudo, ao mesmo tempo".

Com a mãe e com a sogra, o melhor é lidar cada um com a sua mãe. A conversa às vezes descamba e filho é filho, nora é nora...

Para a questão do "Quero um neto", parece-me que qualquer coisa do tipo, "eu gostava de uma mãe paciente e respeitadora da intimidade dos filhos" é uma boa alternativa ao " já pensaste que tens (pelo menos um filho) e que nós nem isso? Não achas que a nossa necessidade de um filho pode ser muito maior do que a tua de um neto?", ou se a coisa se torna insustentável "com essa insistencia ainda te chateias com um filho, para ficares com a esperança de teres um neto". Fazer humor com a situação, é uma alternativa "se partirmos do princípio que "água mole em pedra dura ...", estamos aqui a perder muito tempo, o melhor é ir andando para continuar a insistir".

Sobretudo quando as relações familiares são próximas, é complicado tomar medidas muito drásticas, pois quem acaba por sofrer com as consequências é quem está ao nosso lado, seja de uma maneira ou de outra. Contudo o melhor é não deixar avolumar as situações e resolver o problema no início, para ficarem menos marcas.

Manual para lidar com as inconveniências do dia a dia (Introdução)

Para animar mais isto vou começar uma série de posts que têm um tema comum, como lidar com aqueles comentários lindos que temos que ouvir, ou para evitar algumas situações que nos deixam de rastos durante algum tempo.

(Aceitam-se contributos, com título e assinatura.)

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Actos de amor supremo

Aquando da dicussão da Legislação da PMA os temas mais polémicos, foram o da maternidade de substituição e a doação de gametas (ovócitos e espermatozóides).Da maternidade de substituição, trataremos noutra ocasião.

Em Portugal a primeira experiência com sucesso de Inseminação Artificial Intrauterina com espermatozóides de dador, foi realizada em Outubro de 1985, pelo Prof. Alberto Barros. Desde então a tecnica evoluiu e o recurso à doação de gâmetas tem sido utilizada em técnicas como a FIV e a ICSI.

Muitos entendem que o envolvimento de material genético de um terceiro elemento externo ao casal não é uma solução para a infertilidade conjugal (seja isso o que for!), alguns entendem que pode ser um elemento de perturbação da integridade conjugal estabelecendo-se um "desiquilibrio na relação com um dos projenitores", outros ainda levantam a questão do património genético e do direito do ser gerado por esta via a conhecer a sua origem genética.

A existencia enquanto ser humano ultrapassa essas vicicitudes quando se quer. Da mesma forma que se ultrapassam outras vicicitudes contra-natura. O ter um filho de alguém recorrendo a material genético de outra pessoa pode ser um acto de amor supremo, que merece o respeito absoluto. Um acto desses não pode nunca ser catalogado como um factor de desiquilibrio numa relação conjugal ou numa relação parental!

FIV e ICSI- os embriões excedentários

Um determinado sector da sociedade, apresenta grandes reservas relativamente às técnicas de PMA, por um lado por causa dos embriões excedentários, por outro por causa da manipulação por elementos externos ao casal

A forma como o problema é abordado parece assentar numa moral de resignação, ou de aceitação da “fatalidade” como um projecto de vida, ou como ponto de partida para a construção de um projecto de parentalidade alternativo, ou seja a adopção.

Comece-se pelo ponto que parece mais polémico, as técnicas que podem envolver a existência de embriões excedentários. Todos os que de algum modo estão envolvidos em tratamentos de PMA, sabem que ninguém cria embriões em excesso porque apetece!

Apontam-se números de 80% de embriões que são “sacrificados”, pergunto se não fossem utilizadas técnicas de PMA o que aconteceria aos restantes 20%? Nunca teriam qualquer hipótese de existência. Num outro sentido, verifica-se que a tendência actual é para a redução de embriões excedentários e, no caso de existirem vários proceder ao “amadurecimento” em laboratório, eliminado à partida aqueles que não são viáveis.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Cântico Negro - de José Régio dito por Maria Bethânia

Um Outro Poema de José Régio dito por Maria Bethânia. Para lembrar que podemos sempre traçar o nosso caminho; que este nem sempre é fácil, imediato, confortável, mas é o nosso e merece ser percorrido, apenas por isso: por ser o nosso!

Os últimos segundos explicam o Título

O poema tem um contexto, mas pode ser aplicado em sentido lato universalmente. Não só à currupção que existe por todo o lado, mas a tudo o que nos deixa inconformados. Podemos sempre tentar com o nosso comportamento tentar mudar o final, sem ser necessário entrar no esquema e ser como eles.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Um retrato do problema (do site da APF)

Clara Pinto Correia há uns anos atrás escreveu um texto sobre o problema da infertilidade e a forma como se encara em famíla, e entre amigos. Parece-me perfeitamente actual.


“[…] Em poucas palavras: as pessoas, por tendência intrínseca e hábito civilizacional, não tendem a considerar a esterilidade um problema médico como qualquer outro, tão digno de apoio e cuidado como qualquer outro. Já me fartei de dar este exemplo, mas há fins que justificam os meios e por isso desculpem a redundância. Mas é que se a gente come marisco duvidoso e passa a noite a vomitar todos os nossos entes queridos se desmultiplicam em solicitudes. Se a gente parte uma perna, toda a gente nos enche de mimos e nos decora o gesso de autógrafos. Se a gente é estéril, os mesmíssimos entes queridos desviam a conversa e nadam-nos ir adoptar uma criança e parar de choramingar. O dilema da esterilidade é mais que médico. É cultural. Podem não acreditar, mas se somos estéreis e só queríamos encostar a cabeça no ombro de alguém por uns segundos é extremamente difícil encontrar o dito ombro.”


Há dias mais e dias menos...

"Há doenças piores que as doenças,
Há dores que não doem, nem na alma
Mas que são dolorosas mais que as outras.
Há angústias sonhadas mais reais
Que as que a vida nos traz, há sensações
Sentidas só com imaginá-las
Que são mais nossas do que a própria vida."



Fernando Pessoa

Em frente...

Mudar o final pode significar muitas coisas, uma delas é obvia! O desejo que evitamos pronunciar porque verbalizar esse sentimento emociona, ser pai e/ou ser mãe, com tudo o que isso pode significar.

Mas mudar o final, após este tempo de espera, significa trilhar um caminho, remover obstáculos, alargá-lo e torná-lo menos penoso a quem virá depois, deixá-lo aberto para quem vem a seguir.

Mudar o final significa que ninguém mais tenha que gritar pelo que tem direito, que ninguém ouse pensar que um filho é um capricho.

Mudar o final significa que ninguém ousa pensar que um filho pode ser um pecado, que nenhum tratamento é um desperdício de vida.

Mudar o final significa crescer, lutar, viver e aceitar os resultados da luta, sem resignação, com dignidade, sem dúvidas...

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Porquê?

No longo e penoso caminho da (in)fertilidade, é completamente impossível olhar para trás, e mudar o princípio. A alternativa é mudar o final!