terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Actos de amor supremo

Aquando da dicussão da Legislação da PMA os temas mais polémicos, foram o da maternidade de substituição e a doação de gametas (ovócitos e espermatozóides).Da maternidade de substituição, trataremos noutra ocasião.

Em Portugal a primeira experiência com sucesso de Inseminação Artificial Intrauterina com espermatozóides de dador, foi realizada em Outubro de 1985, pelo Prof. Alberto Barros. Desde então a tecnica evoluiu e o recurso à doação de gâmetas tem sido utilizada em técnicas como a FIV e a ICSI.

Muitos entendem que o envolvimento de material genético de um terceiro elemento externo ao casal não é uma solução para a infertilidade conjugal (seja isso o que for!), alguns entendem que pode ser um elemento de perturbação da integridade conjugal estabelecendo-se um "desiquilibrio na relação com um dos projenitores", outros ainda levantam a questão do património genético e do direito do ser gerado por esta via a conhecer a sua origem genética.

A existencia enquanto ser humano ultrapassa essas vicicitudes quando se quer. Da mesma forma que se ultrapassam outras vicicitudes contra-natura. O ter um filho de alguém recorrendo a material genético de outra pessoa pode ser um acto de amor supremo, que merece o respeito absoluto. Um acto desses não pode nunca ser catalogado como um factor de desiquilibrio numa relação conjugal ou numa relação parental!

1 comentário:

carlota disse...

É realmente o que eu sinto, a doação de gâmetas como um acto de amor supremo. Obrigada.